Como comentei ontem no blog, hoje estaríamos ministrando no culto das crianças. E para começar o dia tive que acordar cedo para passar a minha roupa. Um detalhe: a roupa não é passada no ferro elétrico e sim em um ferro com um compartimento para se colocar brasa quente ou então esquentando no fogão. Na noite anterior a minha tentativa foi frustrada, pois na hora em que passava o ferro abriu e derramou carvão na minha camisa. Então tive que pegar outra para passar logo pela manhã. No momento em que seguiria para “via cruci” do ferro o André me disse que tínhamos apenas quinze minutos para se arrumar, pois o carro que iria nos buscar em pouco tempo já estaria no ponto que foi determinado. Só uma explicação, só viemos saber que a programação estava confirmada poucos dias atrás e o horário que iriam nos buscar seria às 8 e só hoje descobrimos que nos buscariam às 7. O culto na igreja congregacional se iniciaria às 7:30, mas depois de tanta correria, abotoando a camisa amassada no caminho e sem tomar café, chegamos no horário, mas o culto só se iniciou às 8:15. E para completar tive que ir de roupa social, coisa que eu não gosto. O culto se iniciou com um grande coral cantando para a igreja de 1.500 membros aproximadamente, mas a congregação era diferente da última igreja que fomos. A dinâmica do culto já era mais formal com momentos para se sentar e outros para cantar comportadamente. Participamos da introdução do culto, que no dia de hoje era especial por se comemorar o dia da reforma protestante, e seguimos para culto infantil onde faríamos uma apresentação com fantoches. Iríamos usar todos os personagens (Melissa, Maneco, Leka e Fred), mas por fim eu fiquei como o animador da criançada e a Jessica interpretando a Melissa. Ao chegar ainda ficamos uns 30 minutos para os líderes organizarem a sala onde as crianças ficariam como também nos auxiliariam para conseguirmos organizar o cenário para o fantoche. Por fim fomos para uma sala que cabiam vinte crianças que por fim tinham cento e cinqüenta. Não tinha mais espaço para colocar mais crianças. Gritei tanto que a veia do meu pescoço estava quase estourando. Na conclusão final foi um trabalho muito produtivo e as crianças fixaram bem o tema que foi obediência. O que mais me chamou a atenção foi que o culto infantil de lá é um culto. Tem ofertório e tudo!
No término do culto eu e André fomos para a base de Benguela para ajudarmos no ensaio do louvor do AdoraCamp que se realizará no próximo fim de semana. Jessica resolveu tirar a tarde para descansar. Antes, fizemos uma parada no supermercado para um lanche-almoço. Depois de tantas possibilidades acabamos comprando sanduiches, batata-frita, frango assado e suco, ou seja, tudo saudável (rs). E como aqui em Angola não existe praça de alimentação sentamos no chão e comemos tranquilamente enquanto as pessoas passavam e olhavam para nós como se fôssemos um monumento artístico.
Fomos para a base bem mais cedo do que o combinado. E o calor estava forte. E como fomos direto da igreja colocamos nas nossas mochilas roupas leves. Quando chegamos à base fomos logo tomar uma chuveirada. O banheiro simplesmente era a céu aberto com apenas duas paredes entre o chuveiro. Deitamos nos chão para descansar um pouco (apesar do medo, já que essa base tem um número grande de escorpiões e dizem que de vez em quando aparece cobra venenosa).
Às 14:30, Julia, responsável pelo louvor e líder do acampamento que acontecerá no sábado ficou conversando conosco. Contou das suas experiência no Brasil e como sua visão sobre adoração foi mudada depois de descobrir que adoração não era um ritmo e sim um estilo de vida. Tecnicamente o ensaio começaria às 15:00, mas por fim as pessoas que tinham que vir chegaram às 16:00. Um problema no som adiou por mais trinta minutos nos levando a iniciar às 16:30. Nós tínhamos que sair às 17:00 já que estávamos sozinhos e no domingo o número de transportes diminui bastante.
No ensaio pude ver a necessidade que os angolanos têm para se profissionalizar em um instrumento. Não existem escolas de música aqui nem ministro de música qualificado nas igrejas. Então muitos tocam com o pouco que sabem. A Julia ainda colocou duas músicas novas para cantar no acampamento que começará na sexta. Ajudamos com o pouco que sabíamos e logo tivemos que ir embora. Veremos o resultado do que dará na sexta que se iniciará o acampamento. Eu, André e Jessica estaremos indo para lá só retornando no domingo e ainda estaremos ministrando temas específicos sobre o tema “Nunca pare de adorar”.
A cada domingo que passa me espanto com a necessidade desse país. O que para nós é algo normal para eles se torna uma necessidade muito grande. Sem contar grande parte do que é feito nas igrejas é elaborado em cima da hora, quando não atrasados.
Temos que mudar essa situação...
2 comentários:
Meu D-us, eu ia ficar "piradinha" aí. Não gosto de fazer nada sem programação antecipada.
Ontem assistimos um ótimo filme por aqui e comentamos que tem duas coisas que recuperam, depois do sangue de Yeshua e Sua Palavra; A MÚSICA E O ESPORTE. VocÊ concorda?
Abraços,
MARTA
Claro! Sem dúvida! São duas ferramentas importantes na recuperação de um homem.
Obrigado pelo comentário
bjo
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