quarta-feira, 17 de novembro de 2010

15/11/10 Escrevendo com Sucrillos

Nesse momento em que escrevo acabo de comer Sucrillos com leite. Nem na minha casa eu como cereal, mas aqui em Angola como e da melhor marca. Recebemos doações de um supermercado e vieram muitas caixas tantos para as crianças como para nós.

Por falar nelas as aulas estariam programadas para se encerrar na sexta, mas com o feriado prolongado decidimos passar para essa semana, especificamente na quarta. Aproveitaremos e faremos uma programação especial com todas as crianças e adolescentes do bairro. Hoje foi um dia em que trabalhamos só com isso. Tanto pela manhã quanto a tarde o nosso objetivo foi bater de porta em porta para convidar a todos para o culto que teremos na quarta. Durante três quartas-feiras contaremos uma história sendo o início nessa quarta, o meio no dia 24/11 e a final da história contaremos no dia 1/12 sendo a última chance que estaremos com todos já que no próximo fim de semana estaremos embarcando para o Brasil. O Marcos quer fazer algo bem rápido e evangelístico e que tenha continuidade. Pela nossa expectativa esperamos receber 200 pessoas. Para mim foi bem interessante pois estou aprendendo algumas expressões em umbundo, dialeto falado em muitas casas daqui. E quando eles vêem um brasileiro falando eles abrem um sorriso. Uma das casas que eu fui o senhor falou para mim: “Você ficará em Angola!” depois contando o fato para o Canenda e a Vivis o Canenda me lembrou que essa foi a terceira pessoa da comunidade a me falar isso.

À tarde tivemos a companhia do Nanci e de mais dois meninos que constumam vir aqui. Um dos meninos, já quase um adolescente foi segurando na minha mão todo o trajeto. Aqui em Angola é normal um homem segurar a mão de outro homem ou até mesmo terem atitudes que para nós brasileiros é um absurdo, por exemplo: aqui é a coisa mais natural homem usar calças ou camisa rosa e chinelos havaianas com detalhes bem femininos. Na casa os meninos mais velhos sempre tomam banho com os mais novos para ajudá-los a se banhar como deitarem dois em uma mesma cama de solteiro. Isso tudo sem preconceitos.

Sabe, tem dias que tem sido difíceis para mim. Entendo que esse é também um tempo de crescimento para mim. Morrer para mim mesmo, abrir mão de mim para o próximo, viver a todo custo a sua palavra. Quando Deus quer ampliar a nossa mente além dos nossos limites isso sempre nos causa um pouco de incomodo, pois estamos saindo de um lugar chamado “acomodação”. Crescer custa caro, mas nem se compara o que ganharemos com aquilo que Deus tem para cada um de nós. Como apóstolo Paulo fala que tudo isso se traduzirá em um “peso de glória”. Se às vezes nos sentimos pesados por pagar o preço da transformação temos que entender que o fardo de Cristo é leve, mas esse fardo quando o abrimos para ver o que é encontramos a Sua glória.



Salli tiua! (passe bem)

Nenhum comentário: