Cada dia que se passa o número de vítimas cresce. O sangue de inocentes cai na terra e clamam por justiça., por alguém que mude a situação que estamos vivendo.
Uma menina de 15 anos, jovem, bonita e com um futuro brilhante pela frente, tem o seu sonho interrompido por um tiro atinge a sua vida, alcança a sua família e choca o país. Durante 100 horas, tentativas frustradas para se conter o problema que foi feito. Nada adiantou. O que era para se terminar em paz acabou em guerra.
O rádio noticia, a televisão fala, e nós, o povo somos meros ouvintes e espectadores do show de horror. O que entra em nossos corações é apenas a “pena” pelo acontecimento.
Hoje de manhã acordei e ouvi o noticiário que a jovem Eloá faleceu. O meu coração pesou. Onde eu estava nessa hora? Por onde se meteu a Igreja do Senhor? Se perdeu e se tornou mais uma na multidão? Ah, já sei! Enquanto o mundo parava para assistir toda a tragédia.O povo de Deus estava dentro de quatro paredes, pulando, gritando e fazendo os pedidos de carros importados, dinheiro e de falsa prosperidade.
O sangue de Caim ainda ecoa pelos quatro cantos da terra. Sangue inocente. Igreja do Senhor, onde está o choro de compaixão? Deus, onde deixamos pelas estradas da vida o amor ao próximo, a intercessão pelos santos e a responsabilidade de levar o Brasil para Ti?
Elóa poderia ser uma missionária que iria levar a mensagem da luz. Lindeberg poderia ser um homem transformado e contar aquilo que Jesus fez na vida dele. No entanto, nós como igreja escrevemos de modo diferente. Uma família marcada pela dor, um homem preso no cárcere da solidão e da exclusão. Se você se pergunta onde está Deus, eu me pergunto onde está a igreja que representa esse Deus?
Precisamos chorar o choro dos inconformados daqueles que não se conformam com a situação que vivemos. Lágrimas que caem no rosto por filhos que estão afastados do Pai, pela mãe desesperada pelos filhos perdidos, pela mão do estranho que pede ajuda.. Se isso não acontecer de nada vale minha salvação.
Senhor, me perdoa pelo egoísmo. Deus nos desperta desse sono profundo chamado insensibilidade. Ainda a tempo de mudarmos o rumo das famílias, do meu bairro, do Brasil. Ainda há esperança de que se levante homens e mulheres que não se calam e que não se aquietem. Pai, a tua volta está próxima e quando eu te ver eu quero que minhas mãos estejam limpas para subir ao monte e te adorar. E quando enfim o dia que Senhor retornar poder levar a Ti uma multidão aos teus pés.
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