segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Eleição, o que fazer?

Falta apenas uma semana para o dia em que nós brasileiros, de fato, nos tornamos brasileiros. Eleição. Para muitos obrigação, para poucos uma missão. Enquanto uns apertam uns botões, outros queimam os “botões” na responsabilidade de quem votar. É engraçado que em um ano de copa muito antes dos jogos se iniciarem muitos já sabiam de cor toda a tabela de jogos, não só do Brasil mas dos outros blocos. Hoje, a exatamente sete dias de uma responsabilidade civil ninguém sabe em quem votar, quiçá os candidatos a cadeira de senador, deputados e presidente. Mas o que é inútil sabe: um bizarro aspirante a deputado federal dizendo que nem sequer sabe a responsabilidade do mesmo. Isso é motivo de risos, boas gargalhadas no intervalo do café do trabalho e nada mais que a hipótese de ser o candidato mais votado do Brasil ultrapassando 900 mil votos.
Vejam bem, não quero ser mais um com o discurso de bar dizendo que brasileiro é um povo burro, que não sabe nada e que não tem passado. Deixe esse assunto para filósofos e historiadores (nada contra aos meus amigos de profissão). Até porque se retornamos a história vemos que o Brasil lutou para conquistar a tão sonhada independência civil, dando o direito a todos os brasileiros ao voto direto. Se a geração das últimas décadas sofreu e morreu por isso temos que dar valor aquilo que com tanto suor se conquistou.
Amei o governo Lula. Sim, talvez ele tenha feito escolhas erradas, porém ele deu a Brasil um dos maiores tesouro que esse país tem: o brasileiro. Em minha andanças pelas comunidades carentes do Rio vi muitas pessoas dizendo que a realidade do local em que viviam foi mudada e dentre outros ouvi que o que o presidente dizia, cumpria. Não levanto e nem quero levantar bandeiras política, principalmente partidárias. Vivo um momento em minha vida que estou fazendo o máximo para me libertar de guetos- sejam eles políticos, religiosos ou filófoficos. Até porque quem tem um pensamento sem seções consegue enxergar de maneira ampla o que está acontecendo. Só que Lula está se tornando passado. Agora vem uma nova fase, nova proposta. Não se pode continuar jogando na mesma estratégia enquanto a globalização está devorando e destruindo grandes potências mundiais como Estados Unidos. É tempo de vermos que se não acordamos entraremos em uma roda gigante onde apenas repetimos o processo da alguns anos atrás. Viveremos momentos bons e ruins sem trazer nenhum desenvolvimento para nós.
Marina, Serra ou Dilma. Três distintos possíveis presidentes que irá levar para frente o nosso país. Cada um deles irá mostrar boas propostas, todas elas com intuito de ajudar o povo e trazer mais empregos e investimentos econômicos para o país. Mas qual será a verdadeira face de quando um deles estiver com o poder nas mãos? Quando não precisarem mais mendigar o voto de um morador de favela ou aturar as longas viagens para o interior para fazer os juramentos utópicos.
Não gosto de comentar sobre política, não quero discutir sobre isso ou nem mesmo fazer alguma denúncia. Deixo isso para os SPAMs do email, vídeos no youtube e colegas que aposentaram por um tempo os ursinhos cheios de glitter com mensagens de “boa tarde, seja feliz” para revelar as pretensões futuras dos concorrentes presidenciais. Há pouco tempo ouvi uma entrevista em que se perguntava se existiam autoridades corruptas. O entrevistado disse que “se existem é porque o povo quer”. Se a lei do aborto for aprovada, a legalização da maconha se tornar um fato, se a mordaça homossexual acontecer, não culpe os políticos, culpe a você. Porque se isso acontecer, é porque permitimos. Graças a Deus vivemos em um país (por enquanto) democrático, ou seja, o povo coloca no poder quem ele quer. A pessoa que no dia 1° janeiro tiver cheios de sorrisos e com belas palavras é porque o brasileiro assim o quis. A minha atitude gera responsabilidades. Para as autoridades? Presidentes? Líderes? Não. Para mim mesmo.

sábado, 25 de setembro de 2010

“Assim como perdoamos a quem tem nos ofendido”

Essa é uma famosa frase repetida por milhares de cristãos (e não cristãos) ao redor do mundo. Será que realmente entendemos o poder das palavras que saem dos nossos lábios? Achamos que o perdão é algo simples que se resolve com uma palavra, porém Jesus em suas palavras nos mostra que é algo que transforma tanto a nossa vida quanto daquele a quem temos que perdoar.
Só podemos perdoar quando entendemos o que é perdão. Alguns estudos psicológicos mostram que a pessoa só pode amar quando se entende o significado de amar, logo, se eu nunca recebeu amor nunca poderá amar. Talvez o crente se pergunte: “Em minha história eu nunca recebi o perdão dos meus pais ou de quem tenha me ferido”, contudo se somos verdadeiramente convertidos ao Senhor temos como herança o seu perdão. Ele nos perdoou e foi além se entregando a cruz e morrendo pelos nossos pecados. Hoje, pela graça, temos acesso a esse perdão. Se falharmos ou errarmos, Deus tem para nós esse presente.
E por que não fazer o mesmo?
Muita das vezes queremos perdoar pelas palavras, mas não queremos fazer isso em nossas atitudes. Se alguém me fez mal, ela terá que pagar por aquilo. Querem perdoar o ato e permanecer com a lembrança. No livro o “estilo de liderança”, Michael Youssef faz a seguinte pergunta: “O que elas vão ganhar em não se esquecer?” A palavra de Deus age na contramão dos sentimentos humanos. Ela diz que quando nos arrependemos do que fizemos, Deus lança a nossa culpa no mar do esquecimento. Se de fato somos embaixadores de Cristo e seguimos os seus mandamentos devemos fazer o mesmo com o nosso próximo.
Um verdadeiro líder tem capacidade para perdoar. Um líder nunca trabalhará por si próprio. Ele sempre estará com pessoas ao seu redor, pessoas que são falhas assim como um líder está sujeito ao mesmo já que somos pecadores. No momento de ira o líder tem que se lembrar das palavras de Cristo que diz “Nem eu te condeno. Vai e não peques mais”
Sabemos que o perdão é algo que exige além das nossas forças e nossos entendimentos. O resultado de uma dor é agir no “olho por olho, dente por dente”. Perdão é sobrenatural e é atitude, não um sentimento.
Eu mesmo pude perceber isso em minha vida. Tive um amigo que me feriu. E eu achava que o tinha perdoado quando na verdade aquela ferida estava aberta e me doía. Com o tempo eu percebi que aquele sentimento estava me corroendo por dentro e como conseqüência não conseguia mais confiar nas pessoas, imediatamente o meu relacionamento com Deus foi prejudicado. Como eu posso não amar o meu irmão que vejo e amar ao Senhor que não vejo? O remédio para esse problema foi levar para Deus e dizer a minha impossibilidade de fazer tal feito. Percebi que o Espírito Santo me levou a perdoar como também me libertar do peso que carregava.
Alguns passos importantes para a reconciliação é: auto-análise, orar pelos inimigos e esperar pela cura. Um depende do outro. Não tem como pular etapas. Um líder eficiente, perdoa. Jamais poderemos nos rebaixar a condição de quem não perdoa ou que fere. Devemos olhar a maneira que Deus nos olha, além do pecador.
A seguinte história descreve o que falamos:

“No dia 14 de novembro de 1940, a força aérea alemã — Luftwaffe — bombardeou a cidade de Coventry, na Inglaterra. Foi a maior incursão aérea sobre a Grã-Bretanha durante a Segunda Guerra Mundial. Quando o bombardeio terminou, os habitantes da cidade foram ver os estragos e constataram que sua bela catedral havia sido arrasada.
Mas pelo menos alguns dos moradores não permitiram que aquela trágica destruição, sem sentido, do seu lugar de culto e adoração servisse de desculpa para vingança. No dia seguinte, membros daquela congregação pegaram duas traves do teto e prenderam uma à outra, assim mesmo retorcidas e chamuscadas como estavam, e levaram para o lugar das ruínas onde antes estivera o altar. As duas traves formavam uma cruz. Os paroquianos pintaram duas palavras numa tabuleta e a colocaram ao pé da cruz: ‘Pai, perdoa’.”
Aprendo o seguinte com essa história: Se temos alguém ou algum fato que nos feriu. Devemos ir aos escombros do nosso coração, colocar uma cruz e escrever “pai, perdoa”

Essa história reflete bem a nossa realidade. Quando alguém nos fere mesmo que o nosso coração fique em migalhas e triste com toda a situação devemos colocar uma cruz e escrever “Pai, perdoa”
Existem diversos livros que nos falam sobre o perdão. E sempre achamos que esse assunto é só para quem está com problemas nos relacionamentos. Esse é um conceito completamente errado porque aquele que não entende o perdão e não o vive a cada dia não pode ter parte com as bênçãos de Jesus. Fomos alcançados pela vida e pelas suas bênçãos através do seu perdão. Perdoar não é somente para os que estão cativos pela falta dessa graça. Perdão, antes de tudo é se libertar. Se você não tem a quem pedir perdão então ponha em prática essa palavra. Use essa autoridade para libertar os que estão presos e cegos pelo pecado. Jesus tomou a chave que nos tornava preso no pecado? E aonde, hoje, se encontra essa chave?
Em nossas mãos

terça-feira, 21 de setembro de 2010

O céu está tão distante
parece impossível tocar
Eu vejo apenas o que é reflexo
E olho para as estrelas
pensando que um dia será perfeito
Minha realidade é um lamento
Deixando de lado o meu feito
Deixa eu sentir os vento no meu rosto
Permita-me apenas acreditar
Que eu vou voar
Voar
Voar
Quem sabe tocar

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Itapeva, 20 de setembro de 2010
Quanto tempo! Eu não sei nem por onde começar já que faz dois meses que não nos falamos. Inicio pedindo perdão por isso já que nesse tempo pude ver quantas pessoas tem me acompanhado através desse canal. Eu não imagina a proporção que a internet tem no mundo atual, principalmente no meu mundo, eu sei que a lista de contatos é grande, mas na minha cabeça os que liam eram pouco, pouquíssimos. Esse conceito foi por água abaixo.
Em dois meses muita coisa aconteceu passei por muitos lugares: São Paulo, Rio de Janeiro, Mauá, Paulínia- SP e agora de volta para Itapeva-Sp desde o dia 1°. Foi um tempo muito bom onde puder reencontrar amigos, família e outros novos irmãos que conheci nesse tempo. Na verdade a viagem não foi nem um pouco o motivo pelo qual deixei de me comunicar com vocês. O que me impediu foi uma coisa chamada desânimo. Nesses últimos dias passei em uma caverna fugindo de todos, fugindo de mim mesmo. Sabe o dia em que você se sente um super-herói e no outro amedrontado? Foi assim que me senti, não suportava mais esperar por aquilo que um dia foi um sonho: ir para Angola. Não agüentava mais lutar, lutar e no final ver tudo se desmoronar como um castelo de areia. Sugestões, palavras, promessas... eu não agüentava mais tudo isso. Eu precisava de respostas, não de falar: ouvir a Deus. Eu acho que todo mundo tem o seu “dia de Elias”*. Eu digo que ainda estou vivendo esses dias.
No retorno para Itapeva depois de uma longa negociação decidimos recontactar com os obreiros da base da JOCUM que se encontra em Lobito-Angola. Já estávamos decidos a ir por outra missão, outra província angolana, porém depois de tantas portas fechadas vimos que o melhor seria retornar à base que sempre esteve com as portas abertas para nós. O nosso motivo de não ir e que passamos por situações bem delicadas com a direção nacional da instituição.
Para surpresa de todos em menos de dez dias, logo após o contato feito com a base tivemos que enviar todos os nossos documentos para Brasília e dar entrada no visto (algo que já foi um grande passo), aceitação dos nossos documentos também foi outra benção que nos alcançou. A terceira fase está em processo. A embaixada nos deu de oito a dez dias úteis para que os nossos passaportes sejam carimbados e a tão sonhada viagem aconteça. Por isso, orem! Só isso que peço a vocês.
Espero em breve compartilhar com vocês esse momento de festa. Até porque você que lê, ora, torce ou apóia também faz parte disso.
Na fé,
Thiago Cesário

*Elias foi um profeta citado no livro de I Reis que mata todos os falsos profetas e depois foge diante de uma ameaça.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Rio

Me parece que esse rio não me encanta mais.
Perdeu o brilho a nitidez das suas águas e a garota que passava tão cheia de graça nem forçando um sorriso se alegra mais.
O Rio não é janeiro, mas dezembro porque é nesse mês que passa tão rápido que vem os votos de um janeiro mais saudável e cheio de alegria.
Eu quero sair desse rio, nem praia me encanta já que roubaram do seu chão as curvas que traziam a sua identidade.
O recurvo se tornou uma linha reta onde tem início e fim.
Ah, meu Rio!
Aonde estão aqueles braços abertos que com ternura recebia a todos que o contemplavam? Aonde você deixou o Cristo que era contemplado por todo o mundo.?
Roubaram a sua beleza, tiraram o sorriso que estava nos seus lábios e refletia da central até o bananal, ricochetando em santa Teresa chegando até Irajá.
Já não se ouve mais as tuas canções que atraiam milhares de amantes que exaltavam o seu povo.
A sua bossa se tornou na valsa de mães que choram a dor da perda.
As palavras soavam nas folhas de todos os jornais se tornaram em palavras de tragédia
A música que os seus moradores cantavam se tornaram em medo
Tiraram o meu Rio.
Ele está se secando.
Ele só está na lembrança.
Agora só está no poder de quem pode comprá-lo.
Se vendendo por segurança.
As suas nascentes já não estão para qualquer um apenas para quem tem posses para bebê-lo.
Cristo, salve o meu Rio.
Você que está em um lugar tão alto e que reflete a sua luz para quem o vê.
Diga para o meu Rio que um dia sonho em nadar nas suas águas de paz,começando em um janeiro de sossego, me banhanado nas águas de março, caminhado na treze de maio.

Um dia vou voltar a te vê-lo sorrir novamente,
pois meu Cristo irá te encontrar.
Liberdade.
Como é bom sentir o cheiro da liberdade
ouvir o som das correntes que se soltam
pode respirar
cantar sem me enganar
Viver.
Reencontrar.
Contudo me encontro aqui.
Preso entre correntes.
Nos grilhões do meu ser...
Jesus, seja a minha libertação
Minha canção
Meu respirar