As músicas eternizam os nossos momentos. Não importa para quem foi feito ou se ela se encaixa no santo ou no profano. Ela nos leva a um lugar chamado lembrança, lá onde podemos dançar e encostar a nossa cabeça sobre os ombros da pessoa amada.
Essa semana estava lembrando uma canção onde o trecho dizia: “estou voltando para casa”. A melodia me lembra da minha amiga chamada Ester. Uma menina linda que tinha oito anos, o rosto de uma criança, os belos como cachos, a inspiração vinda do sol. Em julho do ano passado ela se foi em um acidente de automóvel. A dor tomou conta de todos os que a conheciam, a saudade invadia e expele em cada poro de quem viveu com essa linda menina.
A música que foi gravada por uma cantora que morreu de overdose e escrita por um cantor que faleceu de Aids foi esquecida. A canção se esvaziou e incorporou outro sentido. Na minha interpretação a Ester estava voltando para a casa que Deus preparou especialmente para ela.
Feita para mim e para você.
A casa dos nossos sonhos.
A incorruptível.
Foi para lá que a linda menina se foi. Deixou a todos com o vazio, um vácuo que só pode ser preenchido pelo eterno. Até hoje eu não entendo porque Deus a levou. Visto que tão cedo, tão jovem. Perguntas e vazios que só serão supridas quando eu viver a eternidade, quando eu estarei em uma nova terra, uma nova casa, um novo governo. Onde na porta dessa nova cidade o próprio Deus estará me esperando e dizendo: “Seja bem vindo ao seu novo lar”.
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