Estava longe um pouco do blog e confesso que senti bastante falta de escrever, de falar sobre mim porque toda vez que escrevo exerço uma catarse no qual consigo entender o que está a minha volta como a mim mesmo. A rota do universo gira e eu faço parte dela e por isso a importância de ter a consciência do meu papel só assim eu consigo entender o plano de Deus para minha vida como a parte dessa grande corpo no qual faço parte.
Eu quero começar o primeiro dia do ano voltado a fazer o que é minha paixão: escrever. Às vezes custa tempo, custa a mim, separar um tempo para poder deixar minha memória no papel e poder expor para quem quiser ler.
O ano novo chegou: fogos, alegria, branco e muita festa. Estou em Marataizes-ES e puder ver isso aproveitando a festa universal com os meus pais depois de um ano longe deles- com poucas visitas durante o ano- e com meus irmãos. Depois dos fogos, a realidade. Cada um voltou para casa e se esqueceu do branco que vestiu ou das promessas feitas há poucas horas atrás. Meus pais voltaram para o apartamento que estavam e eu continuei com os meus irmãos na praia. Fomos em direção à festa que estava rolando ao som de muita música descartável. Eu logo voltei enquanto eles permaneceram.
E no caminho pela volta vi muita mulher bonita passando (o olhar solteiro acaba ficando mais aguçado) e me deu vontade de ficar ali com os muitos caras que estavam por lá bebendo e azarando a todas elas, me deu vontade de ser um jovem qualquer, mas lembrei que não foi essa a vida que eu escolhi. Eu prefiro me guardar, esperar o tão sonhado casamento com uma linda esposa no altar. Utopia? Às vezes me parece que sim, soa sempre no seu ouvido: deixa de ser otário. Eu sinceramente não sei em qual dos dois lados está com a razão, mas em uma escolha sempre haverá dois lados.
Voltei para casa, liguei o computador e fiquei assistindo DVD e com a vontade ainda batendo no meu coração.
Há poucos dias indo para igreja com o meu pai ele me fez a seguinte pergunta: “Você acredita completamente em Deus?” o sol que estava indo e a pergunta que vinha como um vento forte. Eu fui sincero dizendo: “às vezes não”. Sim, tem momentos em que a minha incredulidade me faz acredita que Deus não está ao meu lado, de que Ele não existe ou que simplesmente não está nem aí para mim. Eu queria poder ser um daqueles super-crentes que são super em tudo. E expliquei para o meu pai o porquê: a maioria das vezes é a nossa experiência que direciona as nossas decisões e sentimentos. E eu nasci na igreja e ouvi diversos sermãos e versículos sobre quem e Deus, digo que ainda sou um aprendiz. A minha fé não vem pelos anos de igreja que tenho, mas no relacionamento que construo com Ele. Na fé não existe fórmulas ou cálculos exatos.E é exatamente nesse ponto que titubeio e na minha fraqueza não confio completamente no meu Deus. Porque fé é se esvaziar de tudo o que você tem ou formulou durante anos para que em sua mente esteja direcionada somente para a confiança de quem Deus é. Imagine a situação de um menino chamado José, o querido pelo pai que no outro dia se viu rejeitado pelos irmãos, que é vendido como escravo e após muito esforço consegue a confiança para administrar a casa de alto funcionário do reinado. Quando ele achava que estava tudo bem e que já teria uma aposentadoria como um escravo diferenciado se vê na acusação injusta e vai direto para a cadeia. Como explicar isso? Como continuar acreditar que um dia tudo será flores se na sua história a única coisa que se sente são as pedras que são lançadas sobre sua vida? Foi nesse momento que o seu conhecimento, a suas técnicas de administração do lar e o seu ciência foi por água a baixo: começar tudo do zero. Ir a uma prisão, revelar o sonho: mais uma vez decepção. Ele acreditaria que alguém que viveu e passou pelas mesmas dificuldades que a dele se lembraria facilmente para aliviar a dor de estar preso.Será que ele não pensou que Deus não estaria ao lado dele? Depois de muito tempo, muita luta, finalmente chegou a realização daquilo que nunca passou pela sua cabeça.
Da mesma forma eu acredito que tem momentos nas nossas vidas que vamos desacreditar, mas essa incredulidade durará apenas por algum tempo pois logo após vem a realização da nossa pequena fé. É na pequena fé que veremos as montanhas se moverem. E nesse momento que veremos que a fé não é uma força positiva que me dará resultados momentâneos e na hora que quero, que fé é desenvolver a confiança no Deus que eu sirvo e acreditar completamente, plenamente, indiscutivelmente que Ele é fiel.
Um comentário:
Belas palavras me amigo. Mostrou-se ser humano.
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