No meio da narrativa do livro de João, uma mulher aparece para mudar completamente a relação do povo samaritano com um homem chamado Jesus. Moldada pelo racismo de uma sociedade machista, a mulher que tinha a nacionalidade expressa em seu nome, saiu de sua casa, sob o sol escaldante do meio-dia para buscar água. E nessa busca encontra-se com Jesus, sentado a beira do poço. No momento em que ela chega o silêncio é rompido por uma pergunta: “Dê-me um pouco de água”. Acredito que a samaritana pensou que estivesse sonhado. Aquilo não era possível, um homem, judeu falando com ela? Logo percebeu que aquilo que ela pensava que era sonho na realidade era verdade. Ela tinha que perguntar para confirmar aquilo que os seus ouvidos ouviram. “Como você me pede água sendo um judeu. Sua pergunta gera uma resposta inimaginável. O mestre fala de uma água, algo que a saciaria, que preencheria o vazio da sua alma. A mulher rompe as leis, a opinião do povo e pede para aquele homem, que ela nunca tinha visto na vida, que queria beber da água que ele estava oferecendo. O filho de Deus, responde ao seu anseio, porém para que ela recebesse do novo era necessário retirar aquilo que estava velho dentro do seu ser. Um preenchimento que já estava cheirando mal e que para nada servia a não ser para ser vergonha para a história daquela mulher: “Vá, chame o seu marido e volte”. Bateu como uma flecha no seu coração, ele foi direto na tampa do seu compartimento. Se teve vergonha, não sabemos, o que nos é relatado que a verdade foi exposta, o seu coração foi entregue aquele que estava a beira do poço. Desde o momento em que esse encontro se inicio um jogo de enigmas começou a ser desvendado: água viva, os 5 maridos e um homem que não era o seu marido. Você é um profeta: ela apostou a sua dedução. Errado era mais do que aquilo. Outra pista é lançada: “Está chegando a hora em que os verdadeiros adoradores adorarão ao pai em Espírito e em verdade. Então ela entrega os pontos e diz: quando o Messias vier ele explicará tudo para nós”. Ponto! Jesus declara: “eu sou o Messias”. Algo mudou, a sede ficou para trás. Sua alegria era tanta que deixou o seu cântaro e foi dizer ao seu povo: Venham ver o homem que disse tudo o que tenho feito”. Ela declarou para todos a sujeira do seu coração, mas gritou para todo o mundo que aquilo era passado, que agora ela tinha uma nova vida.
Hoje essa mulher é exemplo para os adoradores que procuram saciar a sede do seu ser. Ela bebeu e não foi egoísta para ficar com o rio que estava passando pela sua vida. Ela contou a todos. Esse exemplo de vida vai contra toda uma maré chamada egoísmo. Ela sabia que mesmo distribuído à água que ela tinha ainda teria o suficiente para se saciar. Prova disso foi um cântaro esquecido. Quantos de nós estamos deixando o cântaro de lado e vamos para fora. Nos esquecemos do nosso egoísmo e deixamos que o rio que Ele tem para nós corra dentro de nós. E assim esqueceremos o peso do cântaro no momento em que nos encontrarmos com Ele.
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